É impressionante como coisas importantes são decididas por gente que não sabe o que está fazendo, mas acha que sabe.
Muitas pessoas em cargos de direção, tomam decisões baseadas em análises ultra simplificadas feitas por seus assessores, muitas vezes sem entender, ou sequer imaginar, as reais conseqüências que aquela decisão pode trazer.
A parte técnica de um projeto é normalmente a mais complexa para a maioria das pessoas. Para entender os aspectos técnicos é preciso ter um conhecimento teórico sobre o assunto, que muitas vezes não é intuitivo. A maioria das pessoas em cargos de direção não tem capacidade, paciência ou tempo para aprofundar esse conhecimento. O padrão é solicitar ao corpo técnico uma análise resumida, do tipo "pra mãe entender".
Dessa maneira, levando em conta apenas aspectos técnicos básicos, esses executivos sentem-se a vontade para tomar decisões, confiando que seus projetos terão sucesso por conta dos demais fatores não técnicos. Realmente a ignorância é uma benção nesses casos.
Algumas vezes os técnicos acabam não sendo nem ouvidos. O gestor acha que já entende o suficiente da parte técnica, em sua percepção como usuário de um produto ou serviço. Prevalecem assim, para a tomada de decisão, os aspectos comerciais, econômicos, políticos ou até a conveniência ou o interesse pessoal do dirigente.
Assistimos agora com esse acidente ocorrido com o Airbus da TAM em Congonhas a uma demonstração pública do que estou dizendo. Os pilotos dos aviões alertavam há algum tempo sobre os problemas do aeroporto de Congonhas, mas os especialistas técnicos não foram ouvidos. As decisões eram tomadas levando em consideração fatores mais convenientes aos dirigentes. Os aspectos técnicos foram deixados irresponsavelmente de lado.
Agora, depois do acidente, aparecem centenas de pseudo-especialistas, todos arvorando-se como conhecedores das questões técnicas antes relevadas e apresentam uma série de teorias mirabolantes para explicar o que aconteceu. É a negação da competência técnica em prol dos palpiteiros.
Vemos fatos como esse acontecendo não só em órgãos do governo mas também no dia a dia das empresas. Depois que um grande problema ocorre é que as questões técnicas passam a ser considerados com o devido valor. Infelizmente é assim.
domingo, 22 de julho de 2007
sábado, 14 de julho de 2007
Pan 2007
Magnífica a festa de abertura do Pan realizado ainda agora no Rio de Janeiro. Ficou muito bem caracterizada a nossa brasilidade em todos os momentos do evento.
Apesar de toda alegria e exuberância da festa o povo não perdoa. Quando o nome do presidente da república foi mencionado, a vaia foi geral.
Para evitar vexame maior, o protocolo teve que ser quebrado. Foi o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro quem declarou aberto os Jogos Panamericanos e não o presidente Lula.
A televisão chegou a mostrar a imagem do presidente da república, a frente dos microfones, preparando-se para falar.
Parece que havia um Plano B montado em caso de vaia, pois o Carlos Arthur Nuzmam, que já havia feito a saudação, voltou ao microfone e fez a declaração de abertura, certamente acionado pela direção do evento, para evitar um vexame maior.
sexta-feira, 13 de julho de 2007
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